Criticando Imaculada Bar e Galeria

Dia destes quis impressionar a patroa e levei-a a um dos meus lugares preferidos na cidade: o Morro da Conceição, na Praça Mauá. Queria caminhar por um Rio que não existe mais e terminar a tarde tomando uma cerveja no tradicional Bar do Sérgio, sede mundial do aliado, um raro e curioso jogo de tabuleiro oriundo da cultura portuária. Mas eis que meus planos foram alterados logo nos primeiros passos da subida, quando esbarrei num simpático sobrado que mistura bar com galeria de arte, inaugurado há menos de um mês no começo da Ladeira do João Homem, a poucos metros da Travessa do Liceu, na Praça Mauá. Imaculada é o seu nome, uma homenagem à Conceição que o acolhe. Não saí mais de lá naquela tarde. Apesar de flertar com a sofisticação - evidenciada pelas obras de arte ali expostas e à venda -, o Imaculada é um belo botequim, fruto da inusitada sociedade entre um casal de boêmios de bom gosto, um artista plástico que adotou o morro e um morador nativo da Ladeira do João Homem. O resultado é uma casa aconchegante, autêntica e democrática, forte nas cervejas (para todos os gostos e bolsos) e com uma cozinha promissora. A começar pela omelete de sardinha, pela patanisca e por um petisco que tem tudo para virar coqueluche do ano: um bolinho de feijão com arroz, convenientemente batizado de Bola 7. Imaculado.