Criticando Bar do David

Boteco de taxista, todo mundo sabe, é especial. Assim como bar frequentado por policial. Sinais de que a casa tem comida boa, farta e barata. Pois o Bar do David - uma birosca de respeito que começa a criar fama no cocuruto do Morro do Chapéu Mangueira, no Leme - atrai os dois grupos, e não é só. Além das turmas do coldre e do taxímetro, cada vez mais turistas ousados e cariocas curiosos andam frequentando o lugar. Isso sem falar no pessoal da comunidade, é claro, que já sabe o que é bom há muito tempo. Mas que agora vai ter que dividir o segredo com mais gente: este ano, o bar estreia como competidor no concurso Comida Di Buteco, cuja quarta edição carioca começa dia 15 de abril. O fenômeno tem um dedo da UPP instalada no Chapéu Mangueira, é claro. Mas a mão boa dos cozinheiros Milton e Maria Lúcia também ajudou, e muito. Graças a eles que David - figura popular no morro, sambista, filho de líder comunitário com dona de bar - conseguiu fazer sua própria birosca entrar no concorrido mapa dos botequins cariocas. Na ponta de lança dessa fama, além da "cerveja mais gelada da comunidade", um filé de linguado no molho de tomate com purê e farofa na medida para quem gosta de comida - e ambiente - simples mas de qualidade.