Criticando Tropeço

No fim do ano passado, recebi um e-mail sobre a abertura do Tropeço, "uma extensão sob medida para os clientes que procuram a tradicional cozinha do Degrau, somada à juventude e ao ambiente familiar do antigo restaurante". O release prosseguia explicando que o Tropeço pertence à filha de um dos sócios do bom e velho Degrau. Não me comovi muito com o "gancho" jornalístico. E dei pouca importância à menção do Degrau como reduto de intelectuais: o "meu" Degrau era o bar que a classe média procurava para comer coisas como filé à francesa, cozido e pastel. Me comovi, sim, ao lembrar do restaurante que conheci muito jovem, pelas mãos de meus pais: fechadão, clássico e sem frescuras no cardápio. No fim de semana passado, já um tanto, errrrr... "alto", por conta de caipirinhas tomadas ao longo do dia no Centro e no Arpoador, fui "conduzido" por um amigo ao Tropeço. Com um chapéu-panamá na cabeça, comprado horas antes, num momento em que usar chapéu me pareceu uma ideia brilhante. Normalmente, ficaríamos no deque. Mas a noite exigia ar-condicionado. Que, para a nossa sorte, tinia. Fomos direto aos pastéis, iguais aos do Degrau, mas com uma leva de novos sabores, sempre em oito unidades. Provamos o de Parma, rúcula e brie, a R$ 17,90, e o de mozarela de búfala e tomate seco, a R$ 15,90: ótimos. Os pastéis doces, coisa da nova geração, ficaram para a próxima. Não sei se foi o ambiente agradável e bonito, sem televisão à vista ou música berrada, cheio de jovens, mas... Como o chapéu-panamá, a ideia de "rebater" com um >ita<combo de batidas (seis, a R$ 26), me pareceu genial. Dessa vez, eu acertei.