Criticando Da Silva

O que mais me atrai no Da Silva, versão "B" do Antiquarius, não é o arroz de pato, o Bacalhau à Moda do Convento e nem os doces de ovos, que, aliás, chegam iguaizinhos aos da casa do Leblon. Pudera, os cozinheiros são praticamente os mesmos, que se revezam ora ali, ora acolá. Voltando à curtição maior, que me levou a comer no subsolo do shopping Rio Design Leblon, para onde mudou-se o Da Silva (ai, Jesus...): as tapas, adoráveis beliscos da terrinha. E entenda por beliscos porções menores, mas nem por isso pequenas. Afinal, se assim fosse, não seria uma casa portuguesa. Certo? No Antiquarius do Leblon, as tapas se perdem um pouco naquele cardápio enorme. Na filial da Barra, ganharam mais visibilidade. E agora, o "novo" Da Silva não apenas aderiu como lançou um cardápio só com elas. Coisas como paio assado na bagaceira (R$ 16), tachinhos (adoro) com camarão à Zico ou com combinado de arroz e frutos do mar (R$ 36), bolinhos de bacalhau (R$ 8,50), que são chamados de pastéis e moldados na colher, e lulas sevilhanas (R$ 15). Sem contar a linha de "sandes", como os portugueses chamam os sanduíches. Alguns merecem legenda. Caso do Bifana, de lombinho marinado em pimentos, que pode vir (ou não) com abacaxi (R$ 17). Prego é o clássico com filé-mignon (R$ 19). E Francesinha? Já provou ou ouviu falar? Segue a ficha técnica: pão, carne assada, paio defumado, queijo e salsicha (em Portugal, ainda leva ovo frito). Por cima, um molho de tomate (R$ 20). O nome é uma referência ao croque monsieur francês, que teria sido a fonte de inspiração da receita portuguesa. Só não sei de onde saiu a tal inspiração. Até agora, em comum mesmo, só encontro o pão. Ai, esses patrícios.