Criticando Bar do Lado

Fiquei radiante quando a Menina do Leblon aceitou o meu convite para conhecer o Bar do Lado, aberto em janeiro. Por dois motivos, nesta ordem: 1- Porque aprecio imensamente a companhia dela. 2- Porque o Leblon é, para mim, um reino muito distante. Por todos os motivos, seria ótimo estar com uma autóctone. Em lá chegando, mais um momento de felicidade: a Menina do Leblon aprovou a decoração. "As paredes cor de berinjela são lindas. Dramáticas, as cortinas pretas. Adorei os espelhos bisotados e o piso, no padrão do calçadão. E o espelho veneziano? O lounge... Tão aconchegante e bonito". Guiado pelo olhar elegante da moça, reparei em tudo. Mas, bem menos sofisticado que sou, só pensava em beber. E comer. Nesta ordem. A Menina do Leblon pediu mojito (R$ 16). Para mim, caipishochu de tangerina com kiwi (R$ 14). Sensacionais. (Ah, sim: shochu é um destilado japonês mais forte que o saquê, que é fermentado. Também é servido no Mok Sakebar, vizinho de bairro.) Passamos aos comes. De entrada, mini-hambúrgueres de cordeiro com foie gras (oito, a R$ 29). Os rolinhos primavera de camarão com queijo cremoso e alho-poró (R$ 19) estavam impecáveis. O sanduíche de presunto de Parma com queijo de cabra, rúcula e geleia de pimenta (R$ 24), idem. Mostrar o Leblon à Menina do Leblon não tem preço.