Criticando Frontera - Jardim Botânico

É um quilo de peso. Literalmente. São dezenas de pratos frios, quentes, leves, pesados, bons, ruins, bonitos, feiosos... E inúmeras possibilidades de combinações entre eles. E confusões também, especialmente se você, como eu, desembarcar ali pela primeira vez. Melhor, antes de sair em campo de pratão em punho (de peso também), consultar um dos atendentes (afinal, cobram 10%) e se inteirar sobre a logística do Frontera, um quilo que também tem preço fixo, um sushibar e uma parte de grelhados. Além de uma pizzaria no mezanino, onde tanto rola rodízio quanto serviço à la carte. Ah, embaixo também. Portanto, só com conhecimento de solo se transita bem no Frontera. Para reforçar ainda mais a sensação de "perdida no espaço", cada operação dessas tem seus preços, que mudam nos fins de semana. O bufê fixo custa R$35,90 de segunda a sexta-feira e R$39,90, aos sábados e domingos. Já o quilo vai de R$44,30 para R$ 49,90 no fim de semana. O rodízio de pizzas está na promoção: R$13,90. E o peso do japa é outro: R$44,90, mas só para sashimis. O rodízio de sushis, ora ora, custa R$41,90. O nome da casa não é por acaso. A proposta é reunir todos os sabores do mundo num mesmo espaço, como escutei pelas ondas curtas da rádio Frontera local. E a seleção de pratos expostos (criações que o chef Mark Kwaks chama de multiculturais) é mesmo uma viagem: travessas de bacalhau ao Braz lado a lado com lasanha à bolonhesa, por sua vez, grudada ao camarão com Catupiry, que é vizinho dos cubos de polenta frita, do salmão, do risoto, dos pastéis... Ô, mundão! Já na parte fria, o alívio é imediato: de saladas e molhos (o pesto de manjericão é perfeito) bacanas, peras no vinho deliciosas, um bom carpaccio, grãos de toda sorte, frutas frescas, frios, folhas, queijos... Gastei menos de R$30, com refrigerante. E só para fechar: na entrada, me deram um cartão magnético, igual aos dos estacionamentos dos shoppings. Felizmente, não era para contar o tempo, mas os gramas.