Criticando Capricciosa- Jardim Botânico

La Bruschetta Capricciosa Bar. Já não era sem tempo. Com tantas bruschettas circulando no pedaço - modismo bacana que ficou em evidência com a abertura da simpática Prima Bruschetteria (sucesso merecido no Leblon) -, era esperado que a Capricciosa mostrasse seus trunfos. Afinal, a casa não só lançou por aqui a entrada (meio de campo e saída também), como ainda prepara fornadas D.O.C.: farinha 00, fiori di latte, burratas no extravirgem e outras novas muitíssimos bem-vindas. E muitíssimos bem copiadas também, para sorte nossa (são mais baratas por aí) e ira dos donos (rendeu bons imbróglios). Pois, recentemente, a casa lançou a La Bruschetta Capricciosa Bar, na filial do Jardim Botânico. Providencial. O salão é o mesmo que durante anos abrigou a turma do fumacê. É o ambiente mais simpático dali, com iluminação âmbar, que deixa as pessoas bonitas, adega suspensa e imponente, décor intimista, boa acústica e balcão amplo onde se pode beber e comer com a coluna RPG e os pés apoiados. Foi ali que nos foi entregue o menu especial com as 15 versões de bruschetta. E foi quando soubemos do "novo espaço", que de novo, mesmo, nada tem. Nem precisa. Provamos bruschetta de alcachofras grelhadas com pesto, parmesão e pignoli (R$ 7,50); atum com azeitonas pretas e raspas de limão-siciliano (R$ 11,50); radicchio grelhado (coisa rara) com queijo Taleggio (idem) e lascas de Parma (R$ 11,50); e figos grelhados com balsâmico e gorgonzola (R$ 9,50). As bruschettas chegam no pagnota, pão rústico do Marche, arredondado e de massa leve, com casca estalante, resultado da combinação das farinhas 00 e manitoba. Passa 24 horas fermentando antes de ser untada no azeite e assada no forno à lenha. Sem frescuras ou embromação, dá para sentir o plus no ato. Afinal, manitoba, pagnota e 00, deve ser uma versão de bruschetta D.O.C.. Ou não estaríamos na Capricciosa...