Criticando Paxeco Bar

Devo ter sido uma das últimas pessoas deste planeta a aderir ao Facebook. Pois aderi, embora ande tímido e brincando pouco. Na manhã da segunda-feira passada, lá estava eu no fêice, pinto no lixo diante de copos de cerveja. Era para ser revelado aqui, mas as tais novas mídias não me permitem mais o recato (!) com que sempre levei a vida. Sim, eu fui ao Paxeco, bar que queria conhecer há tempos (abriu em janeiro), mas que, por força das circunstâncias, foi sendo adiado para quando Deus desse bom tempo. E Deus foi generoso com Isabel L., a dona da festa, oferecendo lua e estrelas. Situado no terraço do restaurante Couve Flor, no Horto, o Paxeco tem uma vista inacreditável: das palmeiras imperiais do Jardim Botânico ao Cristo, passando pelas montanhas do Sumaré e pela floresta. É uma daquelas dádivas cariocas que precisam ser incluídas na sequência de "Rio" (alguém duvida?). E ainda tem o charme da decoração bem cuidada e da luz quente e acolhedora. Araras-azuis não bebem, claro. Eu, em compensação, não tenho restrições. Me esbaldei com caipivodca nacional (R$ 15) e bloody mary (igualmente brazuca, a R$ 14). Provei, também, os rolinhos de shimeji (R$ 27, a porção para dois) e a linguiça recheada com mozzarela de búfala (R$ 27). E fiquei impressionado com o serviço. Popular como ela só, Isabel L. levou uma galera vasta ao bar. Mesmo assim, os eficientíssimos garçons não deixaram a peteca cair, esvaziando cinzeiros e atendendo a pedidos em poucos minutos. Por algumas horas, me senti naquela cidade de sonho da tela de cinema.