Criticando Market Ipanema

Passei a semana em pique de noiva às vésperas do casório (para lá de retardatária, convenhamos). Rolou até spa para que o modelito da noite de entrega do Prêmio Rio Show de Gastronomia, ontem, no MAM, caísse como manda o figurino. Felizmente, já em forma, driblei maiores saias-justas. Mas por que a sessão mulherzinha? Porque no pacotão "noiva à beira de um ataque de nervos" andei fazendo um périplo pelas casas lights da cidade, àquelas com opções menos calóricas no cardápio. E, para minha alegria, constatei que, no quesito cozinha minceur, estamos bem servidos. O Market é um bom exemplo. Para começar, tem a localização especialíssima do restaurante, nos fundos de um imóvel (um beco em plena Visconde de Pirajá), com palmeiras, bananeiras, bambus, mesas ao ar livre e, imagina, silêncio. É único em gênero, número e grau - talvez daí o fôlego de entrar no seu segundo ano de funcionamento sempre cheio. É um oásis. Depois, tem o seu cardápio fresco e sem frescuras, regado com chás geladinhos de folhas, amoras silvestres, funchos, frutas secas (R$ 5). Pedi um Darjeeling com gelo até a borda. Servem almoço executivo durante a semana (R$ 28, prato principal, entrada ou sobremesa) e há sempre opções de grelhados com acompanhamentos, nos quais você compõe o seu prato. Minha amiga pediu cherne com creme de espinafre e risoto de limão no azeite de capim-limão (R$ 39). Já eu, segui o menu normal: espetinhos de cogumelos com glacê de balsâmico (R$ 10) de entrada e atum semicru com casquinha crocante de semente de linhaça e girassol (R$ 37). Veio com dois ramequins: arroz integral no shoyo e abóbora e alecrim. No copinho, molho espesso de shoyo, mascavo, saquê e gengibre. Melhor não podia ser. O simpático beco de Ipanema foi a minha (melhor) saída. Sob medida.