Criticando Oui Oui

Até semana passada, estivera no Oui Oui apenas uma vez, e para jantar, com a casa recém-aberta e lotada. Lembro que comi muitíssimo bem, mas lembro também que saí dali zonza com a barulheira. E não fui mais. Desde que o restaurante passou a abrir para almoço, andava curiosa em voltar e comer em momento mais relax. E foi exatamente o que aconteceu: para puro deleite, até as 13h de uma terça-feira, fui a única cliente à mesa do Oui Oui. Tomei o mate da casa (servido em pichet), curti o sonzinho delicioso, reparei no décor (que funciona melhor à noite) e foi só quando minha amiga chegou que o silêncio se rompeu. O menu de almoço proposto pela chef Roberta Ciasca é camarada: entrada, prato principal e sobremesa por R$ 29,90. E inclui coisas bem interessantes, como a sopinha de batata-baroa com torradas fininhas; um peixe delicioso (duas postas) com molho cremoso de ervas, arroz perfumado com limão-siciliano e farofinha de coco queimado; e um brownie quentinho. Todos servidos com apuro. Lou - minha parceira de mesa e de jornadas gastronômicas - saiu do esquema executivo e elegeu um dos cinco pratos do cardápio diurno: ragu com legumes e feijão artesanal (R$ 26,60), bem gostozinho. Também provei a salada de quinoa com cogumelos, tomate e rúcula (R$ 14,50), com o cereal soltinho e al dente. Acompanhamos com um rosé on the rocks (sim, sim, com gelo), que combinou com tudo: com a comida, com o dia radiante, com as janelas abertas, com o colorido das flores nas jarrinhas, com o clima da casa que, com o passar das horas, foi enchendo, enchendo, mas, felizmente, passou longe de barulheira. Deu até para ouvir, lá no fundo, "Moon River", na versão de "Bonequinha de luxo", de Henry Mancini. Não é um luxo? Oui,Oui, pazes feitas, claro...