Criticando Opus

O nome, em latim, é pomposo. Mas o Bar Opus, no Centro, não difere em nada de qualquer outro botequim das suas imediações. Do contrário, não estaria eu arriscando minha delicada relação com você, caro leitor, para recomendar com veemência uma visita a essa interessantíssima mistura de casa de sucos com templo da baixa gastronomia carioca. Explico: para a multidão de engravatados que passa apressada pela porta do bar todos os dias, o Opus é mesmo uma casa de sucos. Os limões e as laranjas pendurados na porta não deixam dúvidas. Lá dentro, porém, espremida atrás de um balcão estreito e até certo ponto desconfortável, esconde-se uma das mais dignas serpentinas do Centro. De onde seu José tira sempre um chope de primeira. Mas não pense você que o bom trabalho do Opus se resume a chopes cremosos e no ponto. O que faz desse lugar único na cidade é o espirituoso sanduíche ali servido. Na humilde opinião deste colunista, o segundo melhor do Rio depois do hors-concours Cervantes. E o primeiro no quesito preço: lá não se paga mais do que R$6 para saborear fartas peças de carne-assada ou de pernil, temperadas apenas com alho e louro e acompanhadas de queijo prato ou provolone, à escolha do freguês. Como opção, um molho acebolado que faz a diferença. Visite o blog do Juarez.